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Desenho Universal versus Design Universal

Aparentemente, as definições de "desenho universal" e de "design universal" não parecem conter qualquer diferença.

Contudo, os termos "desenho universal" são adotados na legislação brasileira e se prendem ao campo da ergonomia (Steinfeld, 1994), que busca explorar as relações operacionais (ambiente-tarefa) entre uma pessoa e o meio edificado em que se encontra. Por outro lado, os termos "design universal" indicam uma definição original mais ampla (Mace, 1985) pois se aplicam na maneira como soluções de acessibilidade possam alcançar uma ênfase global e distinta de idéias especializadas para grupos isolados de público incomum. 

Em sua formulação, design universal engloba o processo em que soluções de acessibilidade teriam um apelo para aceitação mercadológica e uma absorção na vida cotidiana de um grande público. Devemos lembrar ainda que design tem vínculo ao termo português ‘desígnio,’ isto é, decisão a ser adotada numa sequência de tantas escolhas possíveis e compatíveis com o contexto em que o produto do design se destina. 

O fato dos mecanismos legais e normativos brasileiros documentarem o termo desenho universal ao invés de design universal pode se justificar pela própria natureza operacional dos processos de conformidade legal e normativa, a qual pressupõe elementos palpáveis, concretos e consistentes de referência que são mensuráveis no campo da ergonomia. Assim, torna-se mais aceitável estabelecer objetivos concretos na relação entre pessoa e seu ambiente operacional do que na relação entre pessoa, seu ambiente operacional e o contexto cultural que vincula a isto os valores, atitudes e emoções. 

Em suma, o desenho universal se insere no conceito de design universal, o qual devemos utilizar preferencialmente quando nos referirmos à vivência dos usuários no meio construido para a acessibilidade. O design universal que se estrutura em princípios generalizantes enquanto processo e produto da acessibilidade ambiental, mas também serve de inspiração como referência máxima de qualidade enquanto inclusão de todos, discreta e onipresente. 

Mais do que um simples traço fortuito e genial de síntese formalizada pelo profissional, um desenho, o design universal implica numa manisfestação cultural entre profissionais e seu público que tem como ponto inicial de todo o trabalho, e sempre em primeiro plano, o respeito à diversidade das características e experiências dos usuários pelos ambientes onde atuam.

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